A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas consequências.
Portanto, ela é uma reação natural e necessária para a auto preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção. As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e auto limitadas. Os estados de ansiedade anormais, que constituem síndromes de ansiedade são patológicas e requerem tratamento específico.
Só os humanos e adultos tem ansiedade?
Não. Os animais também experimentam ansiedade. Neles a ansiedade prepara para fuga ou para a luta, pois estes são os meios de se preservarem.
A ansiedade é normal para o bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, para a criança que se sente desprotegida e desamparada longe de seus pais, para o adolescente no primeiro encontro com sua pretendente, para o adulto quando contempla a velhice e a morte, e para qualquer pessoa que enfrente uma doença.
De onde vem?
A tensão oriunda do estado de ansiedade pode gerar comportamento agressivo sem com isso se tratar de uma ansiedade patológica. A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. A ansiedade patológica, por outro lado caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante.
Como a terapia pode te ajudar a vencer a sua ansiedade?
Primeiro é preciso identificar o gatilho, ou seja, o que provoca a ansiedade. Feito isso, trabalha-se a real possibilidade do evento causador da ansiedade ocorrer, pois muitas vezes, sofremos em virtude de um medo imaginário, de algo que achamos que pode ocorrer, mas na realidade tem pouca ou nenhuma possibilidade de existir. Trabalharemos com a desmistificação desse evento, fazendo com que o paciente se torne mais confiante em si, diminuindo assim o seu temor. Por vezes, utilizaremos de técnicas de relaxamento e de questionamento socrático, tentando dessa forma fazer com que o paciente "ponha os pés no chão", dando a real dimensão a ameaça que esteja sofrendo, consequentemente não sofrendo a toa, evitando super dimensionar um problema que pode vir a acontecer.